Outubro Rosa: Uma Jornada Pela Conscientização do Câncer de Mama
Texto: Daryanne Cintra
Outubro é um mês que veste uma cor especial e traz uma missão igualmente importante: o outubro Rosa. Essa campanha mundial dedicada à conscientização do câncer de mama tem impactado vidas. A iniciativa, que começou nos Estados Unidos na década de 1990, se espalhou pelo mundo e se tornou um símbolo de solidariedade, esperança e informação.
De acordo com o INCA – Instituto Nacional do Câncer, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres e o mais fatal. A boa notícia é que a detecção precoce aumenta significativamente as chances de tratamento bem sucedido, com taxas de cura de até 90% quando o câncer é diagnosticado em estágios iniciais.
E é por isso, com o intuito de usar o nosso canal de comunicação a favor da sociedade, o Blog da Valência também vestiu a camisa do outubro Rosa. Dessa vez o nosso bate papo do mês foi com a profissional Karla Pastre Dorigoni – Enfermeira Obstetra, especialista em saúde da mulher e também atuante na Equipe Manjedoura de Cascavel. Confira:
Blog Valência: De que maneira o autoexame pode ser importante?
Karla Pastre Dorigoni: Para um diagnóstico precoce, o autoexame pode salvar vidas! Quanto mais cedo for identificado, maiores são as chances de cura e de um tratamento bem sucedido. Além disso, o toque é um ato de amor, de cuidado, é muito importante que as mulheres tirem um tempinho para cuidar de si mesmas.
Blog Valência: Como fazer o autoexame em casa?
Karla Pastre Dorigoni: O ideal é fazer o autoexame na semana depois da menstruação, pois é onde o nosso corpo de encontra menos inchado. Para quem não tem o ciclo menstrual deve-se escolher um dia fixo do mês para fazê-lo. Não existe uma técnica específica para seguir, mas há sugestões que podem facilitar o autoexame como:
- Em pé: de frente para o espelho, observar o bico dos seios, a superfície e o contorno das mamas. Em seguida, levantar os braços e verificar se há alguma alteração;
- Deitada: apalpar a mama esquerda com a mão direita com movimentos circulares suaves, apertando levemente com a ponta dos dedos. O mesmo se faz com o outro lado;
- No banho: com a pele molhada ou ensaboada, elevar o braço direito e apalpar a mama suavemente com a mão esquerda estendendo até a axila. O mesmo se faz com o outro lado.
Blog Valência: E quais são os sintomas do câncer de mama?
Karla Pastre Dorigoni: O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas:
- Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher
- Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja
- Alterações no bico do peito (mamilo)
- Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço
- Saída de líquido anormal das mamas
IMPORTANTE: Caso identifique qualquer alteração, deve-se procurar um posto de saúde para que um médico ginecologista faça um exame clínico das mamas e encaminhe — quando for necessário — para estudos mais detalhados, como a mamografia.
MAS, ATENÇÃO: mesmo que apareça qualquer sinal de alerta da doença, não significa que há um tumor maligno na mama. A confirmação do câncer só é feita pela biopsia (quando é retirada uma amostra do nódulo ou do tecido mamário para avaliação).
Blog Valência: Existem fatores de risco para o câncer de mama?
Karla Pastre Dorigoni: Há alguns fatores de risco nos quais é preciso prestar mais atenção, como: obesidade e sobrepeso, sedentarismo, primeira menstruação antes dos 12 anos e parar de menstruar após os 30. Além disso, histórico familiar de câncer de mama ou no ovário também são preocupantes para aparição da doença, principalmente em parentes de primeiro grau.
Blog Valência: Existem maneiras de prevenir a doença?
Karla Pastre Dorigoni: Mantendo alguns hábitos durante o ano sendo por meio da alimentação, nutrição, atividade física e gordura corporal adequados é possível sim reduzir o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. Além disso, como medida de prevenção primária da doença, evitar ou reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e AMAMENTAR também são fatores de proteção.
Orientações valiosíssimas que devem chegar ao número máximo de mulheres que você puder compartilhar! Até porque, o nosso encontro do blog deste mês, é um convite à ação. Um lembrete de que, juntos, podemos fazer a diferença na vida de milhares de pessoas… inclusive na nossa e na de quem mais amamos!
Até breve!
Karla Pastre Dorigoni, é Enfermeira Obstetra, enfermeira da saúde da mulher e profissional atuante na Equipe Manjedoura em Cascavel.
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